- Área: 350 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Sergio Pirrone
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta casa prefabricada para um colecionador de arte e sua família foi construída nos arredores de Santiago, em uma nova área de subúrbio residencial. Para reduzir o tempo e os custos da construção, contêineres de segunda mão foram usados da seguinte forma: Cinco contêineres padrão de 40", seis de 20" e um conteiner aberto de 40" para a piscina.
Deixando de lado o cumprimento do brief; os principais objetivos da casa eram dois:
O primeiro era integrar ao território dessa parte da cidade onde a presença da Cordilheira dos Andes é forte tanto visualmente quanto na tectônica. Assim foi considerado como um fundo óbvio a ser destacado e como um terreno em declive a ser trabalhado.
O segundo era permitir que o ar externo fluísse com facilidade por toda a casa em suas diversas partes, evitando resfriamento mecânico.
No que diz respeito ao primeiro, a estratégia para atingir a integração proposta ao território consistiu em localizar os volumes como se repousassem sobre o declive e permitindo que, digamos, se misturassem a ele. Como resultado desse ajuste da casa ao terreno natural, foram gerados a entrada e os dormitórios da crianças, tendo cada um espaço interno inclinado que é tanto clarabóia quanto o local da cama no quarto.
Em relação ao segundo, a estratégia para melhorar o movimento do ar através da casa consistiu em organizar o programa ao longo de linhas e manter espaços intersticiais entre eles para a circulação dos habitantes e do ar frio que vem das montanhas. Ao mesmo tempo, os espaços intersticiais propostos aumentam o perímetro da casa, o que permite que na maior parte do tempo se tenha luz e ar entrando por pelo menos dois lados opostos. Como consequência, janelas e portas se alinham ao longo de eixos que cortam as linhas, facilitando assim o movimento do ar e criando integração visual.
As fases da construção foram: primeiramente localizar os muros de arrimo criando um plano horizontal para as áreas públicas da casa. Em segundo lugar, ao montar os contêineres e juntá-los no topo para localizar as áreas privadas e, em terceiro lugar, revestir os contêineres com um material unitário que enquanto integra as partes também cria uma fachada ventilada, climatizando os espaços interiores.
A escolha do conjunto de materiais foi feita tendo em mente não só a redução de custos mas também de manutenção. Também foi importante analisar sua capacidade de envelhecer bem, incorporando a passagem do tempo como algo que agrega valos ao material.
Elementos arquitetônicos como janelas, portas e claraboias foram padronizados e repetidos por toda a casa não apenas para reduzir gastos mas para criar e integrar uma unidade arquitetônica.